20 de jan. de 2011

A ESPERA DE UM SINAL DE DEUS



“Ezequias havia perguntado a Isaías: Qual será o sinal de que o SENHOR me curará e de que de hoje a três dias subirei ao templo do SENHOR?” II Reis 20,8

Deus não só ouviu a oração de Ezequias, mas através do profeta Isaias prometeu a ele mais quinze anos de vida. E sob as ordens de Isaias, a ulcera do rei foi tratada ele ficou curado.

Contudo, Ezequias ainda pedia um sinal de que Deus cumpriria a sua palavra de cura. E não podia ser qualquer sinal, precisava ser o mais difícil; ele queria que a sombra sobre a escadaria de Acaz recuasse dez degraus. Surpreendentemente, Deus atende o pedido de Ezequias e realiza o sinal.

Pedir sinais e confirmações sempre foi uma pratica comum nos relatos bíblicos e continua sendo nos dias de hoje. Queremos ter certeza de que Deus está agindo. Precisamos sempre de mais uma confirmação dos céus de que a porta realmente está aberta. Embora esta atitude seja bem comum, sinceramente não creio que seja uma prática que agrade a Deus.

Então alguns dos fariseus e mestres da lei lhe disseram: “Mestre, queremos ver um sinal miraculoso feito por ti”. Ele respondeu: “Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra. Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está aqui o que é maior do que Jonas. Mateus 12,38-41

A palavra de Jesus nos deixa algumas considerações importantes:

Sem fé os sinais são inúteis

A verdade é que para um incrédulo nenhum sinal será suficiente. Basta lembrar o povo que saiu do Egito presenciando sinais extraordinários, mas não entraram na terra prometida, pois foram incrédulos e infiéis no deserto.

Por outro lado, para aquele que tem fé poucos sinais são necessários. Jesus ressalta que os ninivitas servirão de condenação para aquela geração incrédula, pois, se converteram com a mensagem simples de Jonas desprovida de milagres.

Porque pedimos sinais e confirmações a Deus? Precisamos com sinceridade, sondar nosso coração quando fazemos esta pergunta.

Buscamos justificativas para permanecer sem mudança? Quantas vezes procuramos desculpas para não reagir e mudar? Por falta de vontade, às vezes, por medo, ou quando estamos acomodados e conformados. E dizemos: Se Deus abrir mais esta porta, então eu mudarei.

Temos resistido a ação de Deus? A ação de Deus em nossas vidas constantemente confronta a nossa frieza, nosso egoísmo, nossa apatia e resistir a este trabalho de Deus é quase natural em nós.

Também pensamos a ação de Deus sempre como ação futura, como se ele começasse a agir a partir de nossos pedidos e clamores. Mas Deus já estava agindo em nossas vidas, muito antes de nossas orações. E nossa insistência em confirmações demonstram apenas nossa resistência ao seu agir.

Tem nos faltado fé? Quando somos dominados pela incredulidade, agimos como Tomé; se eu não vir com meus próprios olhos e não tocar com as minhas mãos, eu não crerei. A necessidade constante de sinais e confirmações esconde o peso de nossa incredulidade.

Jesus Cristo é o sinal do que Deus pode fazer pelo homem

Aquela geração a quem Jesus ministrava estava prestes a testemunhar o maior de todos os sinais vindos da parte de Deus, a morte e ressurreição de Cristo.

“Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra.”

De fato, a encarnação, a morte e ressurreição de Cristo são os únicos sinais necessários a fé cristã. E a nós, e as gerações posteriores de cristãos que não presenciaram estes sinais, nos tornamos testemunhas deles pela obra reveladora do Espírito Santo.

Quando então perguntamos: Qual é o sinal de que Deus nos ama? Ou, qual é o sinal de que Deus cuida de nós e quer nos salvar? A resposta será sempre, Jesus Cristo encarnado, morto e ressurreto.Nenhum outro sinal deveria ser necessário e nenhum outro sinal pode produzir fé no coração humano.

Um comentário:

Alexandre A Anjos disse...

Ah, pensei que era um comentário sobre o filme!rsrsrs
Muito bom Pastor, pena que não cabe no boletim da nossa igreja.
Abraço.